Evento estimulou transformação cultural das entidades de classe
O segundo dia da edição inaugural do Encontro Nacional de Entidades de Classe (ENEC) movimentou a Sede Angélica do Crea-SP. Os representantes dos diferentes estados brasileiros se reuniram, mais uma vez, para trocar experiências e projetos de valorização da área tecnológica, com a diferença de que, nessa sexta-feira (14/07), eles também participaram de capacitações dos principais temas que envolvem as profissões e as parcerias entre Sistema Confea/Crea e associações.
A programação foi iniciada logo pela manhã com saudação remota e ao vivo do presidente do Crea-SP, Eng. Vinicius Marchese, acompanhado pelo presidente do Conselho sergipano, Eng. Jorge Silveira, diretamente de Aracaju (SE), onde acontecia também o Simpósio Nacional de Cidades Inteligentes. “A todo momento levantamos esse debate das cidades inteligentes e da importância de os profissionais participarem para melhorar a qualidade de vida das pessoas, porque, quando falamos de cidades inteligentes, falamos de gente”, afirmou Marchese.
“É a primeira vez que tratamos do assunto em Sergipe, nos aproximando das prefeituras e do Crea-SP para isso”, comentou o presidente Silveira.
Da capital do Estado nordestino para a que abriga a maior metrópole do País, ações que preparam as Engenharias, Agronomia e Geociências para o futuro de desenvolvimento sustentável dos municípios motivaram os cerca de 170 participantes do 1º ENEC a repensar a cultura das entidades de classe. “O Crea-SP foi muito feliz no slogan do nosso evento: conectar para evoluir. Esse é o papel das associações, fazer a conexão com os profissionais. Estamos aqui para tornar as entidades de classe mais fortes, mais capacitadas e mais valorizadas”, reforçou o coordenador Nacional do Colégio de Entidades de Classe Regionais (CDER-BR) e presidente da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos de Santa Cruz do Sul/RS (Seasc), Eng. Leo Azeredo.
Tal mudança não vem sem movimento. Por isso, a capacitação tratou, ao longo do dia, das relações institucionais; da colaboração das associações na fiscalização do salário-mínimo profissional – a exemplo da atuação conjunta do Conselho com a Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da Região de Franca (AERF) que interrompeu, judicialmente, concurso público em desconformidade com a Lei Federal 4.950-A/1966, que regulamenta o piso salarial, e que está entre as mais de 30 judicializações tomadas –; do papel da comunicação com os profissionais; da possibilidade de declaração de utilidade pública; e da aposta em projetos inteligentes e de inovação, como o CreaLab Coworkings, que teve sua primeira unidade inaugurada na quinta-feira (13/07). “Os profissionais em todas as cidades precisam de espaços como esse. Então, a experiência também nos favorece para ter essa referência”, apontou o Eng. José Orlando Pinto da Silva, vice-presidente da Associação Regional dos Engenheiros de Itapeva (ARESPI).
“São Paulo consegue levar esse aprimoramento para outros Creas e entidades de classe”, complementou o Eng. Hideraldo Rodrigues Gomes, presidente da Associação Bandeirante de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos (ABEAA) e da Federacao Brasileira de Associações de Engenheiros (Febrae).
Os representantes das associações foram estimulados ainda, a pensar em suas entidades de classe como startups e gestões públicas nas palestras sobre inovação e empreendedorismo, que abordaram a utilização planejada de recursos e as parcerias como ferramentas para ampliar o alcance aos profissionais e em benefício da sociedade.
“Vimos que o conhecimento é fundamental entre entidades e entre instituições, partindo para unificar as ações do ecossistema dos Creas”, disse a Eng. Miriam de Souza, gerente de Relacionamento com Entidades de Classe do Crea-RS.
Resumindo o objetivo dos treinamentos nesse 1º ENEC, a diretora de Entidades de Classe do Crea-SP, Eng. Lígia Marta Mackey, finalizou relatando o impacto das interações no Sistema: “Hoje, sou diretora e conselheira, representando a Associação de Engenharia, Arquitetura, Agronomia e Geologia de Rio Claro (AERC). Venho do associativismo e afirmo que o Sistema está aqui para todos os profissionais”.