O profissional completo: características que destacam

O que diferencia um bom profissional? Talvez esta seja a grande dúvida que permeia o mercado de trabalho. Diante da alta demanda por inovação e tecnologia, empregadores dos setores produtivos têm buscado profissionais cada vez mais capacitados para a dinâmica de um mercado pungente, que se transforma a cada dia. Os pré-requisitos do momento vão além da formação acadêmica tradicional, adicionando ideais de protagonismo, inteligência emocional
e metodologia ativa aos planos de carreira.

“Assim como nós buscamos propósito no que fazemos, as empresas também fazem isso”, explica o gerente de Gestão de Pessoas do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP), Eng. Mec. Ricardo Klein Schweder. Responsável pelo departamento de Recursos Humanos, ele reconhece que, durante uma seleção, as exigências se transformam tanto quanto o mercado. O que recomenda para quem quer se destacar é o aprimoramento das soft skills, competências que fogem da técnica e dizem muito mais sobre o perfil comportamental de um indivíduo.

“Os cursos das áreas de engenharia são muito completos. Mas as questões mais amplas, como empatia e gestão pessoal, acabam sendo limitadas numa formação em exatas”, diz. Para engenheiros, agrônomos, geocientistas e tecnólogos, as complexas fórmulas e cálculos rotineiros do dia a dia de trabalho podem criar um ambiente onde inovar pessoal e emocionalmente parece desafiador.

A sugestão para sair da zona de conforto é apostar em atividades extracurriculares. “Depois da primeira avaliação, que é fria, pois trata do currículo, o recrutador vai olhar se você participa de alguma associação, se faz algum trabalho beneficente, se tem uma boa postura e conhece a proposta de trabalho para qual está se candidatando. Se esses pontos estiverem de encontro ao que a empresa procura, já é um destaque”, detalha o engenheiro.

O Conselho, por meio da plataforma digital Crea-SP Capacita (creasp.org.br/capacita), oferece uma série de cursos em parceria com instituições de ensino para a formação ampliada, como comportamento organizacional, criatividade, liderança e mais. As associações, por sua vez, têm a possibilidade de atuar ainda mais próximas aos profissionais por estarem inseridas no contexto local em que eles atuam, convidando-os para reuniões, palestras e ações que, além do aprendizado também geram troca de experiência e desenvolvimento do relacionamento interpessoal.