SÉRIE ESPECIAL – MULHERES NA ENGENHARIA

A AGEA (Associação Guaratinguetaense de Engenheiros e Arquitetos) é uma das únicas associações presididas por uma mulher no Estado de SP: A ENGENHEIRA VANESSA LUCCHESI. Depois de uma semana que colocou em dúvida a participação das mulheres na Engenharia, resolvemos lançar uma série especial de posts no nosso Instagram para mostrar que o lugar da MULHER é na ENGENHARIA e onde ela quiser.

Dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), no primeiro semestre de 2021, mostraram que quase 19% dos profissionais ativos no sistema são mulheres, em um universo de 982.158 inscritos, ou seja, 184.881 são do sexo feminino.

A primeira mulher a se formar engenheira no Brasil só aconteceu em 1917, no Rio de Janeiro: Edwiges Maria Becker Hom’meil. Ou seja, 179 anos depois da data de início dos cursos de Engenharia no país.

Já Enedina Alves Marques, em 1945, se formou em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Tornou-se a primeira mulher graduada em engenharia no Paraná e a primeira engenheira negra do Brasil. Ao longo de sua carreira, participou de importantes obras no Estado, como a construção do Colégio Estadual do Paraná e a Usina Capivari-Cachoeira (maior hidrelétrica subterrânea do sul do país).

Aqui, um registro e uma reparação histórica. Em 1883, por decreto imperial, foi fundada a Imperial Escola de Veterinária e Agricultura em Pelotas, no Rio Grande do Sul. E foi nessa instituição que se formou a primeira mulher em Agronomia do Brasil. Em 1915, a paranaense Maria Eulália da Costa conquistou a formação superior na área. E em 2018, a Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (Faem) criou o Memorial Maria Eulália da Costa, no aniversário dos 135 anos da instituição.

Mais tarde, em 1937, a paulista Veridiana Victoria Rossetti formou-se em agronomia na Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz, em Piracicaba (SP). Foi a primeira mulher a concluir um curso de Agronomia no estado de São Paulo e a segunda no Brasil.

O país tem mais de 950 mil engenheiros cadastrados no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Desses, cerca de 18% são mulheres. Embora bastante aquém quando se pensa em igualdade de gênero, esse percentual vem subindo. Dados do Confea mostram que, entre 2016 e 2018, o número de registro anual de mulheres cresceu 42%.

Já os números do último Censo da Educação Superior do Ministério da Educação, de 2018, mostram que em algumas áreas da engenharia as mulheres já são maioria em sala de aula, como nas engenharias de Alimentos, Bioprocessos e Tecnologia, Têxtil, Química e Recursos Hídricos e de Meio Ambiente. Já nas engenharias Civil, Mecânica e Elétrica, a participação masculina é maior, embora haja crescimento contínuo no número de mulheres.

aumento da presença das mulheres na Engenharia e em um mercado de trabalho tão competitivo se dá a partir da dedicação que se tem em abrir espaço para a presença delas. E isso se faz com representatividade, com mulheres Engenheiras engajadas em projetos dentro de instituições capazes de aglutinar e movimentar um grande número de pessoas.

No post de hoje o nosso destaque é para a Engenheira Vanessa Maria Lucchesi, presidente da AGEA. Atuante na área e uma das integrantes do Comitê Gestor do Programa Mulher, do CREA-SP, voltado ao desenvolvimento de políticas que incentivam a participação efetiva de mulheres dentro do Conselho e em todo o sistema.

Assumir cargos de liderança é mais do que estar no comando e ter grandes responsabilidades, é exemplo para que todas as profissionais se inspirem e sejam protagonistas de suas histórias.