A saúde e segurança no trabalho lida com todos esses aspectos no local de trabalho e tem um forte foco na prevenção primária dos riscos. A saúde dos trabalhadores tem vários determinantes, incluindo fatores de risco no local de trabalho, levando a câncer, acidentes, doenças osteomusculares, doenças respiratórias, perda auditiva, doenças circulatórias, distúrbios relacionados ao estresse e doenças transmissíveis, entre outros. O emprego e as condições de trabalho na economia formal ou informal abrangem outros determinantes importantes, incluindo horário de trabalho, salário, políticas no local de trabalho relacionadas à licença maternidade, provisões de promoção e proteção à saúde, etc. Dessa forma, é fundamental conhecer os especifica os requisitos para um sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho (SST) e fornece orientação para o seu uso, permitindo que as organizações proporcionem locais de trabalho seguros e saudáveis, prevenindo lesões e problemas de saúde relacionados ao trabalho, bem como melhorando proativamente o seu desempenho de SST.
Dedicado ao estudo e à prevenção de lesões e doenças no local de trabalho, o campo da saúde e segurança no trabalho é responsável pelos resultados positivos alcançados pelos trabalhadores no mundo nos últimos 200 anos. Máquinas perigosas e fábricas mal ventiladas eram comuns, depois foram abertos os caminhos para ambientes mais seguros e limpos para os funcionários.
Contudo, no Brasil, ainda há muito o que fazer. A combinação de legislação, regulamentação do ramo executivo e autorregulação por empresas responsáveis vem gradativamente transformando os locais de trabalho. Como resultado, as taxas de acidentes e fatalidade na maioria das indústrias ainda se mantém altas.
Pode-se dizer que a saúde e segurança no trabalho é o campo da saúde pública que estuda as tendências de doenças e lesões na população trabalhadora e propõe e implementa estratégias e regulamentos para evitá-las. Seu escopo é amplo, abrangendo uma ampla variedade de disciplinas – da toxicologia e epidemiologia à ergonomia e prevenção da violência.
Historicamente, o foco dos esforços de segurança e saúde ocupacional tem sido em ocupações de mão-de-obra manual, como trabalhadores de fábrica. Mas o campo agora abrange todas as ocupações. Além de garantir que os ambientes de trabalho (dos canteiros de obras aos prédios de escritórios) tenham precauções de segurança para evitar ferimentos, os especialistas em SST também trabalham para limitar os riscos de curto e longo prazo que podem levar a doenças físicas ou mentais agora ou no futuro.
Mais de três milhões de pessoas sofrem algum tipo de lesão ou doença grave relacionada ao trabalho todos os anos em diversos países. Outros milhões estão expostos a riscos à saúde ambiental que podem causar problemas daqui a alguns anos. Os pedidos de indenização totalizam mais de um bilhão de dólares por semana. Isso nem explica a perda de salários e outras despesas indiretas, como a diminuição da produtividade e o custo psicológico de experimentar ou cuidar de alguém com ferimento.
Pode-se acrescentar que os locais de trabalho, pela própria natureza da atividade desenvolvida e pelas características de organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a agentes físicos, químicos, biológicos, situações de deficiência ergonômica ou riscos de acidentes, podem comprometer a saúde e a segurança do trabalhador em curto, médio e longo prazo, provocando lesões imediatas, doenças ou a morte.
Os riscos podem ser classificados como: ambientais, ergonômicos e de acidentes. Os ambientais pode ser físicos que são representados por fatores ou agentes existentes no ambiente de trabalho que podem afetar a saúde dos trabalhadores, como: ruídos, vibrações, radiações, frio, calor, pressões anormais e umidade. Podem ser químicos que são identificados pelo grande número de substâncias que podem contaminar o ambiente de trabalho e provocar danos à integridade física e mental dos trabalhadores, a exemplo de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, substâncias, compostos ou outros produtos químicos
Também podem ser biológicos que estão associados ao contato do homem com vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas, bacilos e outras espécies de microrganismos. Os riscos ergonômicos estão ligados à execução de tarefas, à organização e às relações de trabalho, ao esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, mobiliário inadequado, posturas incorretas, controle rígido de tempo para produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia, repetitividade e situações causadoras de estresse.
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