Não cumprem as normas técnicas e começa mais uma temporada dos deslizamentos das encostas

Os deslizamentos de terra e de encostas fazem parte, assim como outros tipos de movimento de massa, da dinâmica de transformação e formação natural da crosta terrestre e se relacionam a fenômenos naturais como a variação climática e a gravidade, porém em lugares onde há a ocupação humana esses movimentos tendem a ter consequências muito graves. Em situações de deslizamento não há como conter o movimento de terra iniciado e tudo o que estiver pela frente pode ser soterrado ou mesmo levado pela encosta.

No entanto, mesmo se tratando de fenômenos naturais, os movimentos de massa e os deslizamentos de encostas são na maioria das vezes desencadeados pela natureza e agravados pela ação humana, que acaba sendo decisiva para a ocorrência ou ainda para o agravamento desses movimentos. Mesmo sendo um fenômeno natural, a ação humana é decisiva na ocorrência da maioria dos fenômenos, que são causados ou agravados principalmente por fatores como a ocupação desordenada e pela destruição da vegetação nativa dessas regiões.

A ocupação desordenada dos morros e das encostas sobrepõe uma grande carga extra ao peso ali existente de massa sedimentada, e as devastações da vegetação natural, em virtude das próprias construções, acabam deixando o solo muito exposto às intempéries, que com o tempo vai se tornando compacto e forma áreas naturais de escoamento o que faz com que surjam fendas e rachaduras, o que favorecem e dão início ao processo de deslizamento. A construção de estradas nesses locais e a vibração do solo em virtude do tráfego também são fatores importantes para desencadear os deslizamentos.

Somada à ação do homem com a ocupação sem nenhuma lógica, a construção de estradas e a degradação da vegetação nativa está o clima tropical brasileiro, onde são comuns períodos muito chuvosos, principalmente no verão. Esse é um fator decisivo que faz com que o solo fique encharcado, criando a situação propícia para os deslocamentos de massa com o consequente deslizamento de encostas. Quanto mais íngremes e sem vegetação forem às encostas, maiores os riscos de deslizamento.

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